Nós gostamos de contar histórias. E, consequentemente, gostamos de aprender novas histórias. Assim, lógico que temos influência de 'contadores' clássicos, como Andersen, ou Charles Perrault, ou os irmãos Grimm. Ou Câmara Cascudo, pra falar de um brasileiro importante. Contadores que contam através da escrita (pelo menos, é como eles nos chegam) histórias de própria autoria, ou – como historiadores do mundo imaginário – reproduções de pérolas encontradas no caminho, ou ainda uma mistura, adaptando histórias descobertas e trazendo um pouco de si pra elas. Vira e mexe recorremos a uma história de algum desses tão conhecidos desbravadores da fantasia.
No entanto, hoje quero falar de um cara em especial, que tem uma influência muito grande em nosso singelo grupo de contadores. Um cara com um sotaque muito brasileiro, que não só descobre histórias por aí – histórias que vêm sendo passadas oralmente – mas que acrescenta a elas um pedaço do seu coração. Seu nome é Ricardo Azevedo. Quem já leu um de seus livros sabe como seu texto é saboroso e dinâmico, e como ele é capaz de revelar um universo imaginário muito brasileiro, mesmo quando fala de reis, rainhas, príncipes e princesas. Seus livros, que são voltados a um público infanto-juvenil, trazem sempre mais de uma história e muitas vezes quadras, trava-línguas, adivinhas, brincadeiras, pontes que ajudam a chegar onde as histórias estão. E as histórias são deliciosas, de uma natureza muito conhecida, próxima, da nossa terra. Mas, mais que as histórias em si ou as brincadeiras dos livros, o que acredito ser seu bem mais precioso é o seu estilo.
A linguagem é uma coisa poderosa, e muitas vezes fala muito pela sua forma, não apenas pelo conteúdo. Lendo Ricardo Azevedo isso fica muito claro. É quase automático ser transportado para o interior do Brasil, ou para alguma parte do sertão nordestino e isso acontece, muitas vezes, apenas ao ler uma frase. Às vezes por uma única palavra. Particularmente para um contador de histórias isso é muito precioso. Seus textos são, ao mesmo tempo, concisos e abrangentes, fornecendo ferramentas para se trabalhar com vazios que dizem muito, possibilitando a abertura de caminhos e conexões com palavras certeiras e, acima de tudo, trazendo poesia. E é essa poesia que tem o poder definitivo de transportar quem ouve de uma forma tão natural e despretensiosa, para o mundo do fantástico. Talvez mais até do que a música (quem já contou histórias sabe o poder de uma boa música). Essa experiência eu trago da (não tão extensa, é verdade) prática de contador, de ver o que funciona e o que não funciona. E é quase mágico!
No entanto, hoje quero falar de um cara em especial, que tem uma influência muito grande em nosso singelo grupo de contadores. Um cara com um sotaque muito brasileiro, que não só descobre histórias por aí – histórias que vêm sendo passadas oralmente – mas que acrescenta a elas um pedaço do seu coração. Seu nome é Ricardo Azevedo. Quem já leu um de seus livros sabe como seu texto é saboroso e dinâmico, e como ele é capaz de revelar um universo imaginário muito brasileiro, mesmo quando fala de reis, rainhas, príncipes e princesas. Seus livros, que são voltados a um público infanto-juvenil, trazem sempre mais de uma história e muitas vezes quadras, trava-línguas, adivinhas, brincadeiras, pontes que ajudam a chegar onde as histórias estão. E as histórias são deliciosas, de uma natureza muito conhecida, próxima, da nossa terra. Mas, mais que as histórias em si ou as brincadeiras dos livros, o que acredito ser seu bem mais precioso é o seu estilo.
A linguagem é uma coisa poderosa, e muitas vezes fala muito pela sua forma, não apenas pelo conteúdo. Lendo Ricardo Azevedo isso fica muito claro. É quase automático ser transportado para o interior do Brasil, ou para alguma parte do sertão nordestino e isso acontece, muitas vezes, apenas ao ler uma frase. Às vezes por uma única palavra. Particularmente para um contador de histórias isso é muito precioso. Seus textos são, ao mesmo tempo, concisos e abrangentes, fornecendo ferramentas para se trabalhar com vazios que dizem muito, possibilitando a abertura de caminhos e conexões com palavras certeiras e, acima de tudo, trazendo poesia. E é essa poesia que tem o poder definitivo de transportar quem ouve de uma forma tão natural e despretensiosa, para o mundo do fantástico. Talvez mais até do que a música (quem já contou histórias sabe o poder de uma boa música). Essa experiência eu trago da (não tão extensa, é verdade) prática de contador, de ver o que funciona e o que não funciona. E é quase mágico!
Claro que nada é mais importante que uma boa história. E, eu garanto, suas histórias são deliciosas. É verdade que assim são também as histórias dos seus já mencionados e aclamados antecessores. Mas no estilo e na forma poucos me fazem sentir como me sinto quando leio Ricardo Azevedo. Como se estivesse na presença de um verdadeiro contador de histórias.
http://contantescontentes.blogspot.com/2011/03/voce-ja-leu-ricardo-azevedo.html
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