A Associação de Congos e Caiapós de Poços de Caldas foi criada no dia dezesseis de outubro de dois mil e um (2001), numa reunião no Pálace Casino com a presença de representantes dos ternos de Congos de Poços de Caldas. A finalidade da Associação é de fortalecer e apoiar a Festa de São Benedito, nas suas tradições e obrigações de fé em primeiro lugar. O objetivo primeiro é de não deixar acabar a tradição dos congos e caiapós e apoiar todas as suas iniciativas. Nesta reunião estavam presentes os representantes dos seguintes ternos de congos: São Benedito, Nossa Senhora do Rosário, Nossa Senhora do Carmo, São Gerônimo e Santa Bárbara. Ficou definido o nome da instituição: Associação de Ternos de Congos e Caiapós de São Benedito de Poços de Caldas. A diretoria, por votação, ficou assim decidida: Presidente: Orlanda Conceição Silva; Vice-Presidente: Sebastião Geraldo Domingos; 1º Secretário: Alexandre da Fonseca; 2º Secretário: Zilma Maria da Costa Domingos; 1º Tesoureiro: Benedito Luiz da Costa; 2º Tesoureiro: Joaquim dos Santos Peregrino; Relações Públicas: Ailton Santana; Conselho Fiscal – Titulares: Antônio Carlos Valente, Maria Aparecida do Prado e Manoel de Paula; Conselho Fiscal – Suplente José Pedro Ramos, Luiz Siqueira e Ladir Augusto de Oliveira; Conselho de Cultura – Margarida Maria Abrão Valente, Ailton Santana, Alexandre da Fonseca, Gildásio Novaes Ferreira Júnior, João do Carmo Peregrino Filho e indicados: Maria José de Souza, Roberto de Fátima Teresiano e José Henrique.
O endereço: Rua Sebastião Tomaz Oliveira, 325 – Santa Rosália.
Dona Orlanda, Capitã de Congo e Presidente da Associação, defende o pensamento sobre a importância da “união dos capitães de congos” e que, tudo o que tem em Poços, “tem a mão do negro e da negra” e que “não podemos nos esquecer disto, pois cada igreja de Poços foi construída também com a ajuda das Festas de São Benedito”. Os capitães Ditinho e o falecido Carmo, a bandeireira Dona Mercedes e o chefe dos caiapós, “Seu Pedro”, também falam que “devemos continuar a lutar pelas nossas raízes”.
A Associação é fruto de um trabalho de mais de quatro anos de intenso diálogo, coordenado e incentivado desde o início pelo professor Alexandre e o Mestre Bucha. É um trabalho árduo que vem desde outubro de 2000 até agora e, muitas foram as negociações e que, “se temos reis e rainhas em nossos congados, então temos uma corte”, como já disse Dona Orlanda. Desta forma, quando em março de 2001, pela primeira vez na história, um prefeito (Paulo Tadeu), recebeu em seu gabinete, os reis, rainhas, capitães e capitã de Congos e chefe dos Caiapós, naquele momento houve um acordo de cortes, de reinos, como no passado.
Foi daí que conseguimos uma negociação histórica com a Diocese de Guaxupé, em reunião realizada no altar da Igreja de São Benedito com o grande apoio do Padre Graciano e do Bispo D. José (e do Padre José Ricardo), ao instituirmos, na missa das dez horas da manhã do dia 13 de maio, a MISSA CONGA. Isto é um fato histórico, pois o Padre Graciano, naquela reunião com os capitães, capitã de Congos e chefe de Caiapós, após ouvir a nossa história, como representante do Senhor Bispo que era naquele momento, ressaltou a importância da Igreja reconhecer os Congos e Caiapós como manifestação cultural e religiosa, fato este lavrado no livro de atas da Associação.
São muitas as histórias e fatos acontecidos ao longo do tempo e, a Associação, em 2004, comemora os 100 anos de registros históricos da nossa Festa, embora saibam que ela é muito mais antiga que essa data, porém, com a compilação de dados feitos pela Zilma, a Lílian e o Alexandre, conseguem através de textos, do Dr. Mário Mourão, de Dona Nilza, da Tita e de jornais no Museu Histórico e Geográfico, reconhecer essa data, montando assim, um grande banco de dados que, acreditamos poder estar disponibilizado a toda à comunidade poços caldense e região.
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