Pesquisar este blog

29/03/2011

Histórico da Biblioteca Municipal Centenário

 
Antiga sede, Parque José Affonso Junqueira.

História

      A Biblioteca Municipal Centenário foi fundada em 1944 pelo prefeito Dr. Joaquim Justino Ribeiro e recriada em 09 de dezembro de l968 pelo prefeito Dr Haroldo Genofre Junqueira.
     Em 1972 , em homenagem ao centenário de Poços de Caldas, foi recriada pelo prefeito Dr. Ronaldo Junqueira e recebeu a denominação Biblioteca Municipal Centenário. Funcionou até 1996 na antiga "Casa de Chá" do Palace Hotel (atual "Café Concerto").
     Em 1997, mudou-se para o Espaço Cultural da Urca, edifício de grande beleza, que na década de 40 abrigou uma das mais importantes casas de jogo do Brasil: "O Cassino da Urca".
     A Biblioteca Municipal Centenário abriga um acervo de aproximadamente 40.000 títulos, abrangendo todas as áreas do conhecimento.
     Tem em seu cadastro 8.000 usuários inscritos, incluindo crianças,  jovens e adultos. Cerca de 100 pessoas circulam por seu espaço diariamente.
Atual sede da biblioteca. Espaço Cultural da Urca

A Lenda da cabaça com o mel de Nossa Senhora




Narração de Lourdes Mourão
     Conta-se que no início do Brasil Colônia, vieram muitos missionários que se embrenharam na floresta virgem, para a catequização dos indígenas bravios e selvagens. Um deles encontrou uma grande tribo que vivia bem no centro do país, no meio de verdejantes matas, onde havia grande quantidade de caça e alimentos.
     Nos dias que por ali passou o piedoso missionário lhes falou sobre todas as maravilhas criadas por Deus, nosso Pai, salientando com grande devoção Nossa Senhora, a Virgem Maria, nossa Mãe. Passado algum tempo, esta região foi assolada por uma grande seca que dizimou a caça, secou os rios e lagos. As tribos morriam de fome e sede. Foi então, que um velho índio lembrando as palavras do missionário – que a Virgem Maria era nossa Mãe – saiu pelo mato ressequido, na esperança de encontrar algum alimento.
     Mergulhado nestes pensamentos já quase sem forças, notou uma luz sobre o tronco de uma velha e grossa árvore, de onde escorria um líquido amarelado como ouro. Ao se aproximar bebeu deste líquido, que era um delicioso mel e se sentiu revigorado, sem fome e sem sede. Encheu a cabaça que trazia e a levou cheia para sua tribo. Todos beberam e se sentiram novamente fortes e alimentados. Contando o pedido que fez a Nossa Senhora, os índios dançaram alegremente em agradecimento a Mãe de Deus, que os salvou.
     E é por isso que sempre um Caiapó traz nas mãos uma cabaça, símbolo do mel milagroso de Nossa Senhora e o distribui entre os companheiros caiapós, durante as danças de louvor à Mãe de Deus, na Festa de São Benedito, em todos os 13 de maio.

28/03/2011

A Lenda dos Caiapós




O Caiapó é um folguedo popular, que relembra as tradições indígenas e aparece em Poços de Caldas na Festa de São Benedito. Seus dançadores se apresentam vestidos com uma saia comprida feita de capim membeca, blusa de pano coberta de penas de galinha e um cocar colorido na cabeça. Eles pintam o corpo de azul e vermelho, enfeitam tornozelos e pulsos. Levam na mão arcos, flechas e espadas de pau.

Suas danças, apesar do ritmo marcado pelos chocalhos, caixas e reco-recos, não apresentam canto, pois eles alegam que sendo indígenas, só poderiam cantar em tupi-guarani e não seriam entendidos. Como não falam o português, preferem ficar mudos. Seus principais personagens são: o "Chefe" ou "Cacique", os "Flecheiros", os "Violeiros", o "Meleiro", que simula tirar o mel do solo ou das árvores e as "Bugrinhas", (caiapozinhos) que, apesar de protegidas pelos flecheiros, são raptadas por pessoas do povo. Quando as devolvem, os raptores dão algum dinheiro para o grupo.

Esse bailado existe desde o início da colonização brasileira e sobre sua origem de dançadores poços-caldenses contam a seguinte lenda:

Na época do Brasil Colônia havia diversas missões jesuíticas espalhadas pelo país, com a finalidade de catequisar os índios. Na Capitania de São Paulo um dos padres da Companhia de Jesus sofria de um mal cutâneo incurável. Apesar de todos os recursos da medicina de então, seu corpo estava coberto de chagas. Receoso de contaminar seus companheiros ele resolveu abandonar o convívio dos irmão de congregação e embrenhou-se na selva, infestada de antropófagos.

Tinha andado apenas alguns quilômetros, quando se viu cercado de temíveis bugres, que o arrastaram através da mata, levando-o para uma taba nativa. Quando a comitiva chegou, houve grande alvoroço, pois os silvícolas acreditavam que a carne do padre era santa e se eles a comessem iriam para o céu. Amarraram então o pobre religioso numa estaca e chamaram o cacique. Este, após examinar o prisioneiro, mandou chamar o feiticeiro, que surgiu estranhamente vestido e disse algo ao chefe, apontando para o mato.

Apavorado, pensando que sua hora havia chegado, o sacerdote viu os índigenas cavarem um profundo buraco, onde colocaram lenha seca e atearam fogo, cobrindo depois a cova com grades de madeira e folhas. Contudo, ele só foi levado para lá no dia seguinte, quando o despiram e o fizeram descer na cavidade. Os naturais da terra cobriram a boca da cova com galhos de árvores, de modo que o local parecia uma fornalha. Após permanecer ali várias horas, quando seu corpo estava totalmente coberto de suor, viu que o cacique lhe lançara um cipó e fazia sinal para que ele subisse. Ao chegar lá em cima, dois índios o agarraram e jogaram-no dentro do rio, mergulhando-o umas três vezes na água fria. Levaram-no em seguida para uma palhoça e o deitaram sobre esteiras, cobrindo-o com penas de aves.

Cansado devido ao tratamento e às emoções vividas durante o dia, o padre dormiu profundamente e acordou bem disposto e com muita fome. Qual não foi sua surpresa, quando lhe trouxeram enorme variedade de comidas típicas, que ele engoliu num instante, com visível satisfação, agradecendo depois as indígenas, que o observavam. Comunicando-se por gestos soube que os bugres tencionavam devorá-lo, mas como estava gravemente doente, resolveram curá-lo primeiro. No entanto, simpatizaram com ele e decidiram libertá-lo.

Após ter repetido algumas vezes o tratamento da fornalha, o jesuíta pediu aos índios que pertenciam à tribo dos Caiapós, para voltar à missão e eles o largaram perto da aldeia. Grande foi a alegria de seus companheiros ao verem-no cheio de saúde e rejuvenescido, quando pensavam que já estivesse morto. Em sinal de agradecimento, os padres enviaram emissários ao cacique para convidá-lo a vir com seus homens no arraial, a fim de festejarem o acontecimento. Os gentios então dançaram na praça defronte a igreja e se irmanaram com os inacianos, dando graças a Deus. Dali por diante, sempre que havia uma festa religiosa, os indígenas eram convidados a dançar e devido à denominação da tribo, a folgança foi batizada com o título de Caiapó.

Desde aquela ocasião o bailado se espalhou pelo Brasil e, apesar das transformações sofridas durante os séculos, o Caiapó continua a ser dançado em várias partes do território nacional, homenageando os padroeiros das cidades onde se localizavam os grupos. Assim o folguedo aparece na Festa de São Benedito para reverenciar o humilde santo, que pelas suas virtudes conquistou a glória dos altares.

MEGALE, Nilza Botelho. Memórias Históricas de Poços de Caldas, Gráfica Sulminas, Poços de Caldas, 2002.

25/03/2011

O patrimônio insubstituível da leitura

Para o escritor de livros infantis Ricardo Azevedo, a leitura nada deve para outras mídias como a televisão e o computador. Segundo ele, que utiliza o folclore como ponto de partida para sua literatura, todas elas têm sua importância, cabendo à escola ensinar onde cada uma delas se encaixa na vida das crianças.
Televisão, computador, Internet, videogames... Como fazer com que as crianças encontrem tempo e interesse para a leitura com todas as inovações que a vida moderna oferece? Para o escritor e ilustrador paulista Ricardo Azevedo, o problema não está em fazer ler e, sim, em mostrar para as crianças o verdadeiro papel e a importância da literatura. “A leitura é um patrimônio completamente insubstituível. O que acontece é que muitas escolas ainda confundem livros didáticos com literatura, então, a criança fica achando que todo livro tem necessariamente uma lição que ela precisa aprender”, aponta o autor.
Para Azevedo, a concorrência entre literatura e qualquer outra mídia não existe. “Nada impede que uma pessoa goste de cinema e também goste de literatura. Aliás, as pessoas que eu conheço que realmente gostam de cinema são, em geral, ótimas leitoras”, completa. Ele diz ainda que as escolas erram feio ao tentar “instrumentalizar” a literatura, o que acaba tornando a leitura uma coisa chata. “A criança não aprende que existem livros diferentes, livros com os quais ela pode se emocionar, se identificar, sonhar, se escangalhar de dar risada, chorar e até especular sobre sua própria existência. Na minha visão, enquanto essa confusão persistir, a gente não vai conseguir formar leitores, nunca”, ressalta.
Azevedo, 52, cresceu em uma casa onde ler e escrever livros era uma prática, já que o pai, geógrafo, foi autor de diversas obras. Aprendeu desde cedo, portanto, a importância da literatura. Escreveu seu primeiro texto para crianças — que mais tarde acabou se transformando num de seus livros mais premiados, Um Homem no Sótão — com aproximadamente 17 anos.
Ricardo Azevedo é autor de mais de 90 livros para crianças e jovens em que o folclore é a palavra-chave. O escritor aponta a maneira como o tema é tratado nas escolas como outro problema para a aprendizagem. “A cultura popular não é uma coisa morta que precisa ser relembrada. Ela é viva, imensa e ocorre o tempo todo, em todos os lugares, todos os dias do ano”.

24/03/2011

Cultura Popular em Poços de Caldas - Datas Comemorativas



No acervo da Biblioteca Pública Manuel Guimarães (COHAB) encontramos um prospecto turístico, intitulado Folclore Poços de Caldas, autoria de Maria José de Souza (Tita), sem data de publicação, editado na gestão do prefeito municipal Dr. Sebastião Pinheiro Chagas (adm. de 1976 à 1978) que apresenta um  calendário folclórico de Poços de Caldas. Nossa intenção com a postagem é atualizar as datas e comemorações citadas e promover a discussão sobre o termo folclore.


Janeiro
Folia de Reis - de 01 à 06
Festa de Oxóssi - dia 20


Fevereiro
Carnaval - festa móvel


Março
Quaresma - festa móvel
Sábado da aleluia - móvel


Abril
Dia da mentira - dia 1º
Dia de São Jorge - dia 23
Procissão dos Cavalheiros - dia 23
Festa de Ogum - dia 23


Maio
Festa de Santa Cruz - de 01 à 03
Festa de São Benedito - de 03 à 13
Coroação de Nossa Senhora - mês inteiro


Junho
Festas Juninas - Santo Antônio - dia 13
Festas Juninas - São João - dia 24
Festas Juninas - São Pedro - dia 29
Corpus Christie - festa móvel


Agosto
Dia do azar - dia 13
Festa dos Marujos - dia 15


Setembro
Dia da árvore e primavera
Dia da Pátria - dia 07
São Cosme e São Damião - dia 27
Festa de Xangô - dia 30
Novena de Santa Cruz das Almas - mês inteiro


Outubro
Novena de Santa Cruz das Almas - mês inteiro


Novembro
Dia de todos os santos ou Dia da alma - dia 01
Finados - dia 02


Dezembro
Festa de Iansã -
Festa de Iemanjá- Oxum - dia 08
Natal - dia 25
Missa do Galo - dia 24 à 25
Ano Novo - dia 31 à 01

23/03/2011

O Macaco e a velha

Era uma casa em cima do morro. A velha morava lá. Na frente tinha um jardim e atrás um montão de bananeira. Perto da porta da cozinha ficava uma escada de pegar banana. A escada quebrou. As bananas estavam madurinhas.
Um macaco vinha passando e a mulher chamou:
- Me ajuda a catar?
O macaco disse que sim. Trepou pelas folhas, deu um suspiro e desandou a comer tudo quanto foi banana bem bonita.
A velha gritou:
- Safado!
O macaco ria.
- Pilantra!
A mulher ralhava. O macaco só jogava pra velha banana verde ou então fedida, cheia de mosca e mancha preta. Depois o macaco deu até logo e foi embora.
A velha juntou a banana que sobrou, xingando e caraminholando.
Mandou fazer uma boneca grudenta de cera. Botou na porta da casa, junto de uma cesta cheia de banana. E ficou agachada espiando.
Passou um dia. Nada.
Passou outro dia.
No terceiro, o macaco passou e sentiu um cheirinho bom. Veio chegando:
- Ô, Caterina! Quero banana...
A boneca nem se mexeu. No céu, um sol de rachar.
O macaco pediu outra vez. A boneca quieta. O macaco falou grosso:
- Me dá uma banana, ô Caterina, senão leva um tapa.
A boneca nada e ele – pá – deu e ficou com a mão colada no beiço da moça de cera.
- Larga minha mão senão leva um beliscão!
A boneca nem ligou. O macaco deu e ficou com a outra mão presa.
- Me solta, ô Caterina! Me solta senão toma um chute!
Esperou que esperou. Meteu o pé e ficou mais grudado ainda.
- Diaba! Moleca! Me larga, ô Caterina! – berrou o macaco preparando outro pé.
Chegou a velha arregaçando os dentes:
- Agora você me paga!
Levou o macaco lá dentro e mandou a cozinheira preparar o coitado para comer na janta.
A empregada foi e fez.
Na hora de matar, o macaco revirou os olhos e cantou:

me mata devagar
que dói,dói, dói
eu também tenho filhos
que dói, dói, dói

Na hora de esfolar, o macaco cantou:

me esfola devagar
que dói,dói, dói
eu também tenho filhos
que dói, dói, dói

Na hora de temperar, o macaco cantou:

me tempera devagar
que dói,dói, dói
eu também tenho filhos
que dói, dói, dói

Na hora de assar, o macaco cantou:

me assa devagar
que dói,dói, dói
eu também tenho filhos
que dói, dói, dói

A cozinheira serviu o macaco num prato enfeitado com arroz, feijão-preto, couve, farofa e mandioca frita.
A velha estalou a língua, sorriu, cortou um pedaço e mordeu.
Na hora de mastigar, o macaco cantou:

mastiga devagar
que dói,dói, dói
eu também tenho filhos
que dói, dói, dói

A velha estranhou, apertou os olhos mas comeu tudinho. Foi quando deu uma dor de barriga daquelas, pior do que rebuliço nas tripas. A mulher levantou, sentou, andou para lá e para cá. Não teve jeito, era o macaco pedindo:
- Quero sair.
A velha respondeu:
- Sai pelas orelhas.
- Não posso não, que tem cera – gritou o macaco. – Quero sair!
A barriga da mulher doía.
- Sai pelo nariz.
- Tá assim de gosma. Quero sair!
A barriga roncava cada vez mais.
- Sai pela boca.
- Pela boca não dá que tem cuspe. Quero sair!
Aí a velha estufou que estufou, estufou e pum!
Foi um estouro que se ouviu lá de longe.
E de dentro dela saiu o macaco e mais um bando de macaquinhos, tudo tocando viola, dançando e cantando:

eu vi a bunda da velha ia, ia
eu vi a bunda da velha iô, iô


AZEVEDO, Ricardo. Meu primeiro de Folclore. São Paulo: Editora Ática, 2006.

Quadras Populares

"Você me mandou cantar
Pensando que eu não sabia
Pois eu sou que nem cigarra               
Canto sempre todo dia


Lá no fundo do quintal
Tem um tacho de melado
Quem não sabe cantar verso
É melhor ficar calado


Batata não tem caroço
Bananeira não tem nó
Pai e mãe é muito bom
Barriga cheia é melhor


Eu venho do dá e toma
E vou para o toma e dá
Nunca vi dá cá sem toma
Nem toma lá sem dá cá"


Do Livro Armazém do Folclore - Ricardo Azevedo

18/03/2011

O Livro segundo Ricardo Azevedo

“O livro é um lugar de papel e dentro dele existe sempre uma paisagem. O leitor abre o livro, vai lendo, lendo e, quando vê, já está mergulhado na paisagem. Pensando bem, ler é como viajar para outro universo sem sair de casa. Caminhando dentro do livro, o leitor vai conhecer personagens e lugares, participar de aventuras, desvendarem segredos, ficar encantado, entrar em contato com opiniões diferentes das suas, sentir medo, acreditar em sonhos, chorar, dar gargalhadas, querer fugir e, às vezes, até sentir vontade de dar um beijinho na princesa. Tudo é mentira. Ao mesmo tempo, tudo é verdade, tanto que após a viagem, que alguns chamam leitura, o leitor, se tiver sorte, pode ficar compreendendo um pouco melhor sua própria vida, as outras pessoas e as coisas do mundo."

Ricardo Azevedo

Ricardo Azevedo é escritor e ilustrador paulista nascido em 1949, é autor de mais cem livros para crianças e jovens, entre eles Um homem no sótão (Ática), Lúcio vira bicho (Cia. das Letras), Aula de carnaval e outros poemas (Ática), A hora do cachorro louco (Ática), Livro dos pontos de vista (Ática), Armazém do Folclore (Ática), Histórias de bobos, bocós, burraldos e paspalhões (Ática), O livro das palavras (Ed. do Brasil), Trezentos parafusos a menos (Companhia das Letrinhas), O sábio ao contrário (Ed. Brasil), Contos de enganar a morte (Ática), Chega de saudade (Moderna), Contos de espanto e alumbramento (Scipione), O peixe que podia cantar (Edições SM), Ninguém sabe o que é um poema (Ática), Feito bala perdida e outros poemas (Ática) e Contos e lendas de um vale encantado, Uma viagem pela cultura popular do vale do Paraíba (Ática) e Fazedor de tatuagem (Moderna). Ganhou quatro vezes o prêmio Jabuti com os livros Alguma coisa (FTD), Maria Gomes (Scipione), Dezenove poemas desengonçados (Ática) e A outra enciclopédia canina (Companhia das Letrinhas) o APCA e outros. Tem livros publicados na Alemanha, Portugal, México, França e Holanda. Bacharel em Comunicação Visual pela Faculdade de Artes Plásticas da Fundação Armando Álvares Penteado e doutor em Letras pela Universidade de São Paulo. Pesquisador na área de cultura popular. Professor convidado em cursos de especialização em Arte-Educação e Literatura. Tem dado palestras e escrito artigos, publicados em livros e revistas, abordando problemas do uso da literatura de ficção na escola.

17/03/2011

2011 - Ano Cultura Popular

 CULTURA POPULAR

INTRODUÇÃO
O Brasil possui um riquíssimo patrimônio no campo da cultura tradicional e da cultura popular, gerada pelo hibridismo etnográfico, racial, social e religioso desde a sua formação.
Esses bens culturais de natureza imaterial e material, sobrevivem graças à força e a resistência dos grupos sociais que lutam para preservar a sua identidade cultural, através da prática de fazeres e de cultos das suas crenças e valores.
A cultura tradicional e a cultura popular conseguem manter com integridade, seus valores, merecendo das instituições ligadas à cultura, uma atenção muito especial e necessária.

JUSTIFICATIVA

Este projeto pretende fundamentar-se na pesquisa, registro e promoção da cultura popular, abordando-a em toda sua extensão e complexidade nos campos das idéias, das crenças, costumes, artes, linguagem, moral, direito, reconhecendo e promovendo as formas legítimas de sentir, pensar e agir do nosso povo, colaborando na preservação do nosso patrimônio e na auto-valorização dos grupos sociais que a praticam.
Pretende-se com ele atingir o público de todas as idades, escolaridade, religiões dos diversos segmentos sociais e a comunidade escolar.

OBJETIVO PRINCIPAL
Colaborar na preservação do patrimônio cultural e histórico de Poços de Caldas, realizando investigações e discussões através de pesquisas de campo, objetivando a troca de conhecimentos e a valorização da cultura popular.



Os módulos contarão com o apoio e a colaboração de auxiliares de bibliotecas, supervisores, professores das unidades de ensino que aderirem ao projeto, das Bibliotecas Públicas Municipais, da Associação de Congos e Caiapós, da Associação dos Amigos das Bibliotecas Públicas, da Secretaria de Educação e do Departamento de Cultura.